A executiva nacional do MDB entrou com uma ação no STF para tentar reverter a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que no dia 23 de março concedeu liminar suspendendo a dissolução do diretório estadual de Pernambuco. Com isso, o comando da sigla voltou para as mãos do vice-governador Raul Henry (MDB).
Ontem, o advogado Carlos Neves, que representa a direção local, afirmou que a notificação do STF ainda não chegou ao partido.
“Diante da decisão de Lewandowski, o comando voltou para Raul Henry que foi legitimamente constituído para o cargo. Somos os autores do processo que questiona o conflito de jurisdição e estamos aguardando a notificação para saber o argumento do recurso (do MDB nacional)”, destacou Neves.
A polêmica no MDB gerou uma série de ações da Justiça local, que foram movidas pelo grupo de Raul Henry e do senador Fernando Bezerra (MDB), que tenta levar o partido para oposição. Na última delas, o MDB local alegou, junto ao STF, conflito de competência do TSE, ponderando que não caberia ao Tribunal Superior Eleitoral decidir por um tema que estava sendo analisado pelo TRE/PE.
A liminar concedida por Lewandowski derrubou a decisão da executiva nacional do MDB que, por 17 votos a 6, deu a FBC o direito de assumir o comando.
Nos bastidores, a opinião dos Bezerra é de que a decisão política da executiva já foi tomada e que essa decisão deverá prevalecer.
A briga de ações na Justiça, portanto, seria apenas para ganhar tempo. Na sigla, FBC aguarda o dia 20, quando o grupo de oposições irá anunciar quem será o candidato do movimento Pernambuco Quer Mudar.
Se o escolhido for o senador Armando Monteiro Filho (PTB), o senador FBC afirma que apoiará o petebista e não disputará a eleição.