Por Wellington Ribeiro – Marília Arraes se filia, nesta sexta-feira (25), ao Solidariedade com a meta de consolidar uma candidatura ao Governo de Pernambuco. A parlamentar, é preciso que se diga, é corajosa. Mas o caminho até o Palácio se apresenta tortuoso para a neta de Arraes. A sorte de Marília está lançada.
Agora, a deputada tem um partido para chamar de seu. Ela será a presidente do SD no estado; o que lhe garantirá o direito de negociar com outros líderes partidários em Pernambuco. O comando do SD também garante à parlamentar o controle do seu destino. Mas nem tudo são flores.
Fora do PT – ela saiu do partido atirando -, Marília não terá a força da militância petista no seu palanque. Tampouco o ex-presidente Lula. Apesar de a deputada, em um jogada de marketing, insistir na aliança com Lula, o ex-presidente foi claro na conversa que teve com ela: seu único candidato a governador em Pernambuco é Danilo Cabral, do PSB.
Marília também não se preparou para disputar o governo. Não tem estrutura para concorrer ao Palácio. Não tem chapa majoritária ainda. Proporcional, então, nada. E isso certamente vai pesar no resultado final. Afinal, campanha de governo não é brincadeira.
Fora isso o isolamento de Marília é o grande desafio a ser superado. A deputada está literalmente só. Até o fechamento desta coluna, ela não conseguiu o apoio de nenhum líder de expressão no estado. E dinheiro para campanha? Como viabilizar, se está só?
Por fim, a multiplicidade de candidaturas da oposição atrapalham Marília. Claro, ela deve largar na frente junto com Raquel Lyra. Mas se manterá no topo? Esse é o desafio. Marília pode ganhar tudo ou perder tudo nesta eleição. Não há meio termo.