Correio Braziliense
Com a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para o comando da Casa Civil, a vaga dele na Casa ficará em família. Eliane Nogueira, mãe do parlamentar, é sua primeira-suplente e deve ocupar o posto com o afastamento do titular para integrar a equipe ministerial.
Aos 72 anos, Eliane não tem trajetória política e estreará como parlamentar quando o movimento político de reforma ministerial for sacramentado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ciro Nogueira é titular na CPI da Covid. No entanto, a mãe dele não deve assumir o posto automaticamente. Nesse caso, quem pode ficar com a vaga é Jader Barbalho (MDB-PA), primeiro suplente do bloco formado por MDB, PP e Republicanos.
O bloco pode indicar um novo nome, ou o de Eliane Nogueira. Se confirmada a indicação de Jader Barbalho, o governo perderia um de seus aliados na comissão.
É prática comum entre os senadores indicarem parentes para ocupar suas suplências. Assim, se forem nomeados para cargos como de ministro de Estado ou de secretário, ou se decidirem disputar uma eleição para o Executivo, por exemplo, preservam a vaga no Senado com algum parente de extrema confiança.
Outros três senadores também têm parentes como suplentes. Chico Rodrigues (DEM-RR), conhecido por ter sido flagrado, durante operação da Polícia Federal contra desvios na Saúde, com R$ 33 mil escondidos na cueca, tem o filho Pedro Rodrigues como suplente. Por sua vez, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente da Casa, tem o irmão Josiel como suplente. Já a substituta imediata de Eduardo Braga (MDB-AM) seria a mulher dele, Sandra Braga.
Um projeto do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) veda a presença de parentes como suplentes de senadores, mas a proposta ainda tramita na Casa.
Se a mãe de Ciro Nogueira não quiser assumir a vaga, o segundo-suplente é o ex-prefeito de Picos Gil Paraibano, esse, sim, um político veterano.