Havia três agendas no radar do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a serem realizadas no Recife e elas, originalmente, se dariam esta semana. Uma seria com o deputado federal Túlio Gadêlha, outra com o prefeito Geraldo Julio e a terceira seria o lançamento de um livro de autoria de Lupi intitulado “Um golpe contra os trabalhadores”. A lógica seria buscar um equilíbrio na Capital pernambucana, contemplando Túlio, mas deixando uma janela aberta com o PSB, em cuja gestão os pedetistas ocupam espaço.
Ontem, à coluna, Geraldo Julio confirmou que a agenda ficou para o ano que vem. Lupi havia adiantado, no início do mês, que a data provável seria dia 18, amanhã. No entanto, diante da iminência da votação do Orçamento no Congresso, isso tornaria inviável a participação do presidente estadual da legenda, Wolney Queiroz. A incompatibilidade de agendas acabou gerando toda uma mudança de planos e Lupi, que viria à Capital acompanhado de Ciro Gomes, sinalizou ainda na semana passada, internamente no partido, que deixaria as agendas no Recife para o ano que vem. Com Geraldo Julio, ele inauguraria a Escola Leonel Brizola. Com Túlio, o compromisso era o lançamento da pré-candidatura dele à Prefeitura do Recife, conforme Lupi anunciara na Rádio Folha FM 96,7 ainda no início de novembro. Nacionalmente, PSB, Rede, PDT e PV articulam frente, visando à formação de alianças para 2020, o que reforça a lógica de Lupi de não desequilibrar a balança na Capital, onde o PSB trabalha a pré-candidatura de João Campos. (Renata Bezerra/Folha de Pernambuco)