O ex-presidente Lula (PT) desembarca no Recife no dia 15 de agosto ao meio-dia. Segundo os petistas, a agenda do ex-presidente ainda está sendo organizada. Mas até o momento, especula-se um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB) e a visita a uma obra da gestão dele que ficou abandonada pelo Governo Federal.
Nos próximos dias, o Diretório Nacional se reunirá para acertar os detalhes da agenda. No Estado, o ex-presidente terá encontros com várias legendas, como o PSB, PCdoB e demais partidos do arco de alianças da Frente Popular.
Segundo a deputada estadual Teresa Leitão (PT), a demora pelo fechamento da agenda é porque o cronograma é fechado em conjunto com a Região, já que ao vir para o Nordeste, o ex-presidente não visitará apenas Pernambuco. O deputado federal Carlos Veras (PT), afirmou que deve acompanhar o ex-presidente Lula nos compromissos aqui no Estado.
Em entrevista à Folha de Pernambuco no dia 26 de julho, o senador Humberto Costa (PT) comentou a previsão de visita do ex-presidente. “Ele deve estar aqui em Pernambuco no segundo ou terceiro fim de semana de agosto. Aqui, ele deve ter uma série de encontros. Naturalmente, ele terá um encontro com as lideranças do PT, os membros da direção estadual e parlamentares. Ele terá também uma reunião com o PSB. Isso deve ser no Palácio, talvez um jantar com o governador Paulo Câmara organizando. Esse é o nosso desejo, de ter essa conversa”, disse o senador.
“Teremos conversas também com o PCdoB, PSOL e vários partidos com os quais já tivemos ou temos relação. Vamos convidar todos eles. O PSD, o PP, Avante, Republicanos. O MDB, nós vamos tentar conversar também. Vamos tentar uma reunião com os movimentos sociais e gente da área da cultura, da universidade. O presidente Lula deve ter conversas com profissionais de saúde no Estado. É possível alguma ação externa, simbólica como refinaria, estaleiro. Alguma ação importante do Governo Lula que hoje se encontra abandonada”, completou Humberto na ocasião.
PSB
Com o intuito de liderar a frente progressista de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022, o PT tem dado sinais de que pode agir para reeditar o esquema de alianças de 2018. Neste cenário, com o ex-presidente Lula sendo o candidato, e liderando as pesquisas de intenção de voto, o PSB seria um importante aliado de esquerda por conta da sua capilaridade política no País. A aliança entre petistas e socialistas já foi feita e refeita em várias ocasiões, mas atualmente o PT não compõe o arco de alianças da Frente Popular por conta dos episódios de críticas do PSB durante as eleições do Recife em 2020.