O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou mais uma vez, nesta sexta-feira (8) que, se assumir o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, trabalhará para evitar o ajuste fiscal. “Se alguém tem que estar incomodado com a Dilma, somos nós, que não gostamos do pacote de reformas (econômicas) que ela apresentou no fim do ano passado. Não queremos ajuste, corte, corte, corte, não somos tesoura, queremos crescimento”, disse.
A declaração do petista foi dada em discurso durante evento no Centro de Convenções do Anhembi, na zona norte de São Paulo. O ex-presidente falou para plateia formada principalmente por profissionais da área de educação, estudantes e militantes de movimentos sindicais e do PT, em ato intitulado “Encontro de Lula com a Educação”. O auditório, com capacidade para cerca de 2,5 mil pessoas, estava preenchido parcialmente.
Lula, que trocou a tradicional camisa vermelha do PT por terno e gravata, começou o discurso sem o habitual vigor e reclamando de dores na garganta. Depois de 15 minutos, no entanto, deixou o seu local na mesa e passou andar e gesticular pelo palco. Mais enérgico, voltou a provocar o vice-presidente Michel Temer. “Companheiro Temer, você quer ser presidente? Dispute eleição”, afirmou, criticando em seguida o programa “Uma ponte para o futuro”, apresentado pelo PMDB como uma solução para o país. “Todo ano não haverá verba garantida para a educação. (Jornal do Commercio)