O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu manter o ministro das Comunicações Juscelino Filho no cargo mesmo com as acusações de que utilizou um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para ir de Brasília a São Paulo para participar de um leilão de cavalos de raça.

Além do uso do avião da FAB para ir a São Paulo, onde participou de uma série de eventos relativos ao mercado de cavalos, Juscelino destinou R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente a oito fazendas de sua família, em Vitorino Freire (MA). Os dois casos foram revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro também não estaria em dia com a Justiça Eleitoral por não ter informado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de ao menos R$ 2,2 milhões em cavalos de raça. Na prestação de contas da campanha para deputado também foi registrada inconsistência nos dados: uma lista falsa de cabos eleitorais teria sido usada para prestar contas de R$ 385 mil em gastos de Fundo Eleitoral . Entre os cabos eleitorais, há nomes de integrantes de uma mesma família de São Paulo que alegam não conhecer Juscelino.

Reunião

Lula e Juscelino se reuniram na tarde desta segunda-feira (6) para conversar sobre o assunto. Anteriormente, em entrevista à Band News, o petista disse que, se o ministro fosse considerado culpado, teria que deixar o governo.

Em sua conta oficial do Twitter, Juscelino disse ter tido uma “reunião positiva” com Lula e afirmou ter esclarecido “acusações infundadas” contra ele. “Temos muito trabalho pela frente!”, declarou em sua publicação.