Cristina Camargo – Folha de S.Paulo
O ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira revelou ontem (19), em uma postagem no Facebook, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apaixonado e vai casar assim que sair da prisão.
A confissão de Lula foi feita a Bresser na última quinta-feira, durante uma visita na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o ex-presidente está preso desde abril do ano passado.
“Ele está em ótima forma física e psíquica”, escreveu Bresser no texto chamado “Visita a Lula na prisão”. Segundo o ex-ministro, a grande preocupação do petista no momento é com a defesa da soberania brasileira e sua maior demanda é “ter reconhecida sua inocência”.
Logo após escrever sobre as apreensões do ex-presidente, Bresser falou sobre o novo amor.
“Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar”, disse.
Segundo o jornalista Guilherme Amado, colunista da revista Época, a namorada visita Lula com frequência na cela da Polícia Federal e tem por volta de 40 anos. O ex-presidente tem 73.
Lula é viúvo há pouco mais de dois anos. A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva morreu em fevereiro de 2017, aos 66 anos, após um Acidente Vascular Cerebral.
Na entrevista concedida à Folha e ao jornal El País, em abril, o ex-presidente chegou a dizer que adoraria estar em casa com sua mulher, filhos, netos e companheiros.
No texto no Facebook, além de contar que o ex-presidente está apaixonado, Bresser afirma que o grande projeto de Lula é negociar um acordo nacional em defesa dos trabalhadores e das empresas.
“Foi uma honra ter sido convidado por Lula para visitá-lo”, diz o ex-ministro. “Ele estava mais interessado em discutir a crise atual do que ideias. Disse-me que quando sair da prisão vai me convidar para um almoço só para me ouvir falar sobre câmbio”.
Bresser deu ao ex-presidente o seu livro “A Construção Política do Brasil”, onde afirma que ele fez um belo governo, mas errou ao deixar o juro alto e o câmbio apreciado.
O ex-ministro defendeu a liberdade de Lula e afirmou que a política brasileira precisa de “um líder sem ressentimentos” e que lute por um grande acordo nacional necessário para o país sair da crise.