Os detalhes da agenda ainda serão amarrados. Mas a data prevista para desembarque do ex-presidente Lula em Pernambuco é o próximo dia 25. A programação deve se dar no final do mês, conforme o senador Humberto Costa havia adiantado à coluna há uma semana. No Palácio do Campo das Princesas, já havia expectativa de que o líder-mor do PT chegasse nesse mesmo final de semana. A referida data vem a calhar com a previsão dos palacianos: será num domingo. Lula deve ir à mesa com a cúpula do PSB, selando uma reaproximação já prevista entre as duas siglas, visando a 2022. Nas hostes socialistas, já se admite uma inclinação, hoje, maior a um apoio ao ex-presidente na corrida pelo Planalto. Motivos: o PSB também quer apoio na disputa pelo Governo do Estado, além disso, Pernambuco é reduto lulista e o ex-presidente tem liderado pesquisas, já havendo sinalizado que o PT fará concessões regionais em prol da formação de uma frente ampla para a disputa presidencial. A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na última sexta-feira, mostra Lula com 46% das intenções de voto, em simulação de 1º turno, contra 25% do presidente Jair Bolsonaro.
Em cenário de 2º turno, o petista pontua 58% contra 31% do presidente. Além deles, a pesquisa estimulada apresentou Ciro Gomes, com 8%, o governador de São Paulo, João Doria, com 5%, e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com 4%. Quando Doria é substituído pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, Ciro tem 9%, Mandetta, 5% e Leite, 3%. O PDT também trabalha pelo apoio do PSB, determinante para sustentação do projeto de Ciro. O PSB não vai cravar posição tão cedo, mas trabalha para encabeçar frentes regionais, partindo de estados como o Rio de Janeiro, onde aglutina legendas, incluindo o PT, em torno do projeto majoritário de Marcelo Freixo. No bojo dessa construção, o deputado cumpriu, ainda em junho, agenda em Pernambuco, estado hegemônico na legenda e pelo qual, naturalmente, passam as decisões nacionais. Da programação de Lula em Pernambuco, certo é que ele vai à mesa com Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB.