A delação do ex-diretor Paulo Roberto Costa sobre o esquema de corrupção da Petrobras continuam repercutindo entre os candidatos à Presidência da República. Em entrevista na manhã desta segunda-feira (8) ao programa Em Foco da Rádio Globo 720 AM, a candidata do PSOL, Luciana Genro considerou que os casos que acometem a Petrobras são “mais um episódio de uma roubalheira generalizada que existe dentro das empresas públicas”.
A candidata afirmou que “praticamente todos os candidatos” tem algum grau de envolvimento, seja “através de partidos, ou por meio de aliados”. A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) foi alvo de Luciana, no que se refere ao suposto envolvimento de Eduardo Campos no esquema de corrupção. Para a postulante do Psol, Marina utiliza as mesmas estratégias de membros da chamada “velha política”. “Essa candidatura da Marina, que se apresenta com uma aparente novidade, utiliza as mesmas práticas. Essa reação dela ao envolvimento de Eduardo lembra à velha política de negar, negar e negar”, destacou.
Luciana afirmou também que discorda da forma como estão sendo conduzidas as investigações “Eu sou contra qualquer tipo de sigilo nesse tipo de caso, o eleitor deve saber muito bem o que está acontecendo nesse processo. Acredito que a mais ampla cobertura de todos os meio de comunicação é importante para que se tenha a certeza dos nomes e do processo de corrupção da Petrobras que é utilizada para enriquecimento de partidos ou indivíduos”, apontou.
Apesar de demonstrar ressalvas com a maneira como as informações foram divulgadas, Luciana Genro acredita que a evolução dos fatos podem ter sustentação, porque questões semelhantes estão sendo ouvidas pela CPMI e envolvem o doleiro Alberto Youssef dão sustentação ao caso. “Os indícios que já vinham sendo públicos, desde as negociatas, passando pelo doleiro Youssef, a própria CPI da Petrobras instalada”, enumerou.
A candidata destacou que o seu partido não se envolve em esquemas desse tipo por não participar “dessa jogatina de alianças e negociatas” que segundo ela são práticas de vários partidos, entre eles, o PT. Luciana Genro destacou que o Partido dos Trabalhadores utilizou alianças com José Sarney (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB) como “atalhos” para chegar ao poder. (Diário de Pernambuco)