(Vermelho, Creio, Prefácio Próprio II Semana do Saltério)
Antífona de Entrada
Seis dias antes da solene Páscoa, quando o Senhor veio a Jerusalém, correram até os pequeninos. Trazendo em suas mãos ramos e palmas, em alta voz cantavam em sua honra: Bendito és tú que vens com tanto amor! Hosana nas alturas!
Oração do dia
Deus eterno de todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 50,4-7)
Leitura do livro do profeta Isaías. 50 4 O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo; 5 (o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei. 6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros. 7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado. Palavra do Senhor.
Continua…
Salmo Responsorial 21/22
Meus Deus, me Deus, por que me abandonastes? Riem de mim todos aqueles que me vêem, torcem os lábios e sacodem a cabeça: “Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!” Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado. Transpassaram minhas mãos e os meus pés e eu posso contar todos os meus ossos. Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica. Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro! Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembléia hei de louvar-vos! Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o, toda a raça de Israel!
Leitura (Filipenses 2,6-11)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses. 2 6 Jesus Cristo, sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, 7 mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. 8 E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9 Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. 11 E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor. Palavra do Senhor.
Evangelho (Mateus 27,11-54)
Glória e louvor a vós, ó Cristo. Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz; pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome (Fl 2,8s). N = Narrador L = Leitor P = Presidente G = Grupo N (Narrador): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 27 11 Jesus compareceu diante do governador, que o interrogou: L (Leitor): És o rei dos judeus? P (Presidente): Sim. N: Respondeu-lhe Jesus. 12 Ele, porém, nada respondia às acusações dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos. 13 Perguntou-lhe Pilatos: L: Não ouves todos os testemunhos que levantam contra ti? N: 14 Mas, para grande admiração do governador, não quis responder a nenhuma acusação. 15 Era costume que o governador soltasse um preso a pedido do povo em cada festa de Páscoa. 16 Ora, havia naquela ocasião um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17 Pilatos dirigiu-se ao povo reunido: L: Qual quereis que eu vos solte: Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo? N: 18 (Ele sabia que tinham entregue Jesus por inveja.) 19 Enquanto estava sentado no tribunal, sua mulher lhe mandou dizer: L: Nada faças a esse justo. Fui hoje atormentada por um sonho que lhe diz respeito. N: 20 Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo que pedisse a libertação de Barrabás e fizesse morrer Jesus. 21 O governador tomou então a palavra: L: Qual dos dois quereis que eu vos solte? N: Responderam: G (Grupo): Barrabás! N: 22 Pilatos perguntou: L: Que farei então de Jesus, que é chamado o Cristo? N: Todos responderam: G: Seja crucificado! N: 23 O governador tornou a perguntar: L: Mas que mal fez ele? N: E gritavam ainda mais forte: G: Seja crucificado! N: 24 Pilatos viu que nada adiantava, mas que, ao contrário, o tumulto crescia. Fez com que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante do povo e disse: L: Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco! N: 25 E todo o povo respondeu: G: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos! N: 26 Libertou então Barrabás, mandou açoitar Jesus e lho entregou para ser crucificado. 27 Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e rodearam-no com todo o pelotão. 28 Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate. 29 Depois, trançaram uma coroa de espinhos, meteram-lha na cabeça e puseram-lhe na mão uma vara. Dobrando os joelhos diante dele, diziam com escárnio: G: Salve, rei dos judeus! N: 30 Cuspiam-lhe no rosto e, tomando da vara, davam-lhe golpes na cabeça. 31 Depois de escarnecerem dele, tiraram-lhe o manto e entregaram-lhe as vestes. Em seguida, levaram-no para o crucificar. 32 Saindo, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, a quem obrigaram a levar a cruz de Jesus. 33 Chegaram ao lugar chamado Gólgota, isto é, lugar do crânio. 34 Deram-lhe de beber vinho misturado com fel. Ele provou, mas se recusou a beber. 35 Depois de o haverem crucificado, dividiram suas vestes entre si, tirando a sorte. Cumpriu-se assim a profecia do profeta: Repartiram entre si minhas vestes e sobre meu manto lançaram a sorte. 36 Sentaram-se e montaram guarda. 37 Por cima de sua cabeça penduraram um escrito trazendo o motivo de sua crucificação: Este é Jesus, o rei dos judeus. 38 Ao mesmo tempo foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda. 39 Os que passavam o injuriavam, sacudiam a cabeça e diziam: G: 40 Tu, que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz! N: 41 Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos também zombavam dele: G: 42 Ele salvou a outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é rei de Israel, desça agora da cruz e nós creremos nele! 43 Confiou em Deus, Deus o livre agora, se o ama, porque ele disse: Eu sou o Filho de Deus! 44 E os ladrões, crucificados com ele, também o ultrajavam. 45 Desde a hora sexta até a nona, cobriu-se toda a terra de trevas. 46 Próximo da hora nona, Jesus exclamou em voz forte: P: Eli, Eli, lammá sabactáni? N: O que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? 47 A estas palavras, alguns dos que lá estavam diziam: G: Ele chama por Elias. N: 48 Imediatamente um deles tomou uma esponja, embebeu-a em vinagre e apresentou-lha na ponta de uma vara para que bebesse. 49 Os outros diziam: G: Deixa! Vejamos se Elias virá socorrê-lo. N: 50 Jesus de novo lançou um grande brado, e entregou a alma.
(Todos se ajoelham num momento de silêncio).
51 E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes de alto a baixo, a terra tremeu, fenderam-se as rochas. 52 Os sepulcros se abriram e os corpos de muitos justos ressuscitaram. 53 Saindo de suas sepulturas, entraram na Cidade Santa depois da ressurreição de Jesus e apareceram a muitas pessoas. 54 O centurião e seus homens que montavam guarda a Jesus, diante do estremecimento da terra e de tudo o que se passava, disseram entre si, possuídos de grande temor:
G: Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus! N: Palavra da Salvação.