Um ano e quatro meses depois do início do corte dos juros pelo governo, a taxa cobrada pelos bancos no cheque especial praticamente não saiu do lugar.

O comportamento foge à regra das demais linhas de crédito à pessoa física e também é atípico quando comparado às taxas do cheque especial no passado, em outros quatro ciclos de corte dos juros analisados pelo Banco Central desde 2002.

O BC mergulhou nos dados históricos de crédito para investigar como os bancos estão repassando as quedas da taxa básica de juros a consumidores e empresas. Nos últimos meses ganharam corpo críticas de que as instituições represaram o afrouxamento, o que teve como resultado taxas de mercado mais elevadas do que se poderia esperar com a Selic no piso histórico de 6,5% ao ano. A conclusão do BC é que as taxas cederam com a Selic, menos a do cheque especial. (PC)