Joaquim Francisco disse que o PT é “tarado por impeachment” e propôs saída de presidentes por 16 anos Foto: Paulo Veras/@jc_pe
O ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco anunciou nesta segunda-feira (21) que vai deixar o PSB para se filiar ao PSDB e concorrer a um mandato de deputado federal nas eleições de 2018. Desde 2011, Joaquim Francisco ocupa a primeira suplência do senador Humberto Costa, líder do PT no Senado. Ao entrar no PSDB, o ex-governador também anunciou que vai pedir a renúncia do cargo. No PSDB, o nome de Joaquim Francisco já foi sondado para comandar o Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco.
“Entendo que eu, tendo sido eleito por uma coligação chefiada por um partido que eu estou deixando e indo para um partido de oposição, embora a lei diga claramente que o mandato me pertence, eu renunciarei. Amanhã entrego na Mesa do Senado a minha renúncia”, afirmou o ex-governador, que disse ter cumprido a função que ele tinha a desempenhar no PSB a pedido do ex-governador Eduardo Campos, falecido no ano passado.
Ao ingressar no PSDB, Joaquim Francisco criticou o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) por não apresentar uma saída para a crise política e econômica. Ainda suplente de um petista, o ex-governador disse que o PT sempre foi “tarado por impeachment”. “O PT passou pelo menos 16 anos defendendo o impeachment para todo presidente que aparecia. Isso criou jurisprudência”, pontuou.
Joaquim Francisco foi duas vezes prefeito do Recife nos anos 80 e governador de Pernambuco entre 1991 e 1994. Formado em Direito, ele também foi deputado constituinte. Em 1987, o pernambucano foi nomeado Ministro do Interior. Antes do PSB, passou pela Arena, pelo PDS, pelo PFL e pelo PTB. O segundo suplente do senador Humberto Costa é o petista Pompeia. (Jornal do Commercio)