Por: Guilherme Anjos/Diario de Pernambuco – Apesar das movimentações do PT para tentar emplacar um nome para a vice-prefeitura do Recife na chapa de João Campos (PSB), o prefeito não expressou a mesma celeridade na última segunda-feira (18). Para ele, a decisão será tomada no que considera o “momento certo” – as convenções partidárias que acontecem entre 20 de julho e 5 de agosto.
“Tem três momentos numa eleição. O momento onde há a janela partidária de filiação, composição da chapa proporcional e filiação de candidatos a vereadores. Depois, há as filiações até as convenções partidárias. E, depois das convenções, vêm a eleição propriamente dita”, declarou João Campos.
“O momento onde se define chapa é a convenção, e isso depende de construção de frente, de partidos, de composições”, continuou.
Dado o prazo, o gestor recifense garantiu que está aberto a conhecer os nomes indicados por cada partido aliado e, pouco a pouco, construir pontes. “É um debate que tem seu tempo. Vamos respeitar os partidos, as pessoas, e construir articulações. O processo que cada partido constrói tem legitimidade, mas isso tem um prazo e com muita tranquilidade vai ser construído”, afirmou.
Anteriormente, a expectativa era de que o nome indicado para a vice-prefeitura na chapa seria de prioridade petista e definido em reunião de João Campos com o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). O socialista confirmou que o encontro aconteceu na última quinta-feira (14), mas não detalhou o discutido – apenas que a decisão foi postergada, e uma nova reunião com o Presidente da República seria marcada.
“É sempre uma alegria poder estar com o presidente, conversar sobre Recife, Pernambuco e Brasil”, disse Campos.
Já na última sexta-feira (15), último dia para inscrições de petistas para a vaga na chapa, a narrativa circulada na sigla é de que nenhum de seus nomes inscritos para a disputa – o deputado federal Carlos Veras e o assessor da Secretaria de Relações Institucionais, Mozart Sales – seriam votados pelo diretório, mas decididos em conjunto pelas lideranças do PSB e do PT, por apelo do próprio presidente Lula.
Especulações
A aquecida discussão em torno de quem será o vice de João Campos nas majoritárias de outubro se deve à possibilidade do atual prefeito, caso reeleito, deixe o cargo em 2026 para disputar o Governo de Pernambuco, dando ao vice-prefeito a cadeira executiva do município.
O prefeito do Recife se esquivou do assunto em entrevistas, reforçando apenas que seus olhos estão voltados apenas para a reeleição.
“Meu foco absoluto é 2024. Digo em toda conversa política, em toda entrevista e em qualquer ambiente. Estou candidato à reeleição para prefeito do Recife. A maior alegria que eu tive na minha vida foi poder governar a minha cidade”, garantiu.