Faltando menos de um ano para o processo eleitoral começar, o deputado federal João Campos ganha ares de consolidação da sua pré-candidatura a prefeito do Recife. Politicamente ele reúne as condições, uma vez que é engenheiro e tem demonstrado significativa dedicação ao mandato de deputado federal. Eleitoralmente, a sua votação em 2018 o credenciou para almejar projetos maiores como o de ser o mais jovem prefeito da história do Recife.
Os mais de 460 mil votos em todo o estado e os 70 mil obtidos na capital pernambucana foram imprescindíveis para consolidar a sua pré-candidatura a prefeito do Recife, uma vez que ele já demonstrou ser bom de urna tal como seu bisavô Miguel Arraes e seu pai Eduardo Campos, ambos ex-governadores de Pernambuco.
Pesa a favor de João Campos a exitosa gestão de Geraldo Julio, eleito duas vezes prefeito do Recife e bem-avaliado perante o eleitorado recifense. Em 2020 Geraldo será o principal eleitor do Recife, e sua benção para a disputa dará a João Campos uma significativa competitividade. Para ampliar o favoritismo de João, a oposição segue batendo cabeça com nomes já rejeitados pelas urnas insistindo em novamente tentar eleições majoritárias.
A falta de entendimento da oposição quanto a estratégia e aos nomes a serem apresentados consolida o sentimento de continuidade que poderá prevalecer em 2020, devido à falta de um projeto consistente para a capital pernambucana. O eleitor que já conhece as gestões do PSB no estado e no Recife sinaliza não querer trocar o certo pelo duvidoso no ano que vem, sobretudo porque não enxerga nem unidade nem projeto da oposição.
É óbvio que em eleição tudo pode acontecer, mas o relógio neste momento conta a favor de João Campos e do PSB e é cruelmente contrário à oposição que a cada dia que passa evidencia sua fragilidade política e eleitoral para o duro embate do ano que vem. (Edmar Lyra)