É comum ouvirmos a expressão: “os cães são os melhores amigos do homem”. Mas o homem é o que do animal? Na verdade, muita gente trata os animais, principalmente os abandonadas, como simples coisas, mas não podemos generalizar. No entanto, podemos dizer que os maus-tratos ficam mais evidentes a cada dia. Como é o caso de dois filhotes de cachorro e onze filhotes de gato que recentemente foram descartados nas imediações do Açougue Público de João Alfredo.
A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o numero chega a 1/4 da população humana. E em João Alfredo, não é diferente, pois a cada dia a quantidade de pets abandonados só aumenta.
Gatinhos abandonados nas imediação do Açougue Público de João Alfredo
Desta forma, foi com muita satisfação que o conselheiro tutelar e ativista pela causa animal Gabriel Moura participou na última sexta-feira (10) da Conferência Municipal de Saúde de João Alfredo e, no final, viu a aprovação, dentre as propostas, da criação de uma clínica veterinária (ou programa de castração) pela municipalidade, para atendimento geral de animais, especialmente os pets abandonados. Na oportunidade, Gabriel Moura usou da palavra, frisando que as dezenas de animais soltos pelas ruas constituem um sério problema de saúde pública, e esta clínica ou programa de castração são bem vindos.
“O poder público de modo geral deve enveredar políticas para resolver este grande problema. Combater o problema é fundamental. Mais importante ainda é não deixar que ele aconteça e se avolume. Sabemos que todos precisam ter direito a vida e nós humanos com certeza somos minoria perante aos demais habitantes da Terra. Por isso devemos respeito”, frisa Gabriel, que alimenta e presta assistência médica a mais de 50 animais entre cães e gatos, contando com a ajuda de poucas pessoas.
O conselheiro tutelar assegura que a decisão de se tornar um ativista ainda é bastante criticada por muitos familiares e amigos, que não conseguem entender por que ele se dedica tanto a cuidar de animais de rua. Gabriel Moura tem provado que realmente ama os animais e está sempre com eles em sua mente e coração. “Todos os dias são eles que me seguram; cada dia que passa, vejo o quanto eles são minha rocha, umas das razões para continuar em frente nesta longa caminhada”. Pontuou o ativista.