Por Magno Martins – Fui ontem a João Alfredo, no Agreste Setentrional, depois de uma paradinha na noite anterior para acompanhar o start da Festa das Marocas, em Belo Jardim. A convite do prefeito Zé Martins (PSB), meu primo pelo tronco da minha mãe Margarida Martins, conheci um dos festejos juninos mais animados do Estado. Foi uma noite agradável, na qual revi muitos amigos, leitores do blog e ouvintes do Frente a Frente.
Minha Nayla Valença também nunca havia ido a uma programação festiva em João Alfredo e saiu de lá encantada com a simpatia e a recepção calorosa da população. Mais deslumbrada ainda ficou com o show do forrozeiro Flávio Leandro, do pé da chapada do Araripe, em Bodocó. Meu amigo Flávio, que está se despedindo dos palcos, estava numa noite inspirada.
Cantou seus principais sucessos, como Chuva de honestidade;Quem ama, cuida; De mala e cuia e a Dança do dia a dia. Flávio Leandro é um amigo de gestos. Quando lancei Perto do Coração, livro de crônicas, em Afogados da Ingazeira, fez questão de cantar em praça pública na noite de autógrafos e não me cobrou nem as despesas com combustível da sua Bodocó para a minha Afogados.
Sua esposa, Ciça, que toca instrumentos de percussão, também é gente da melhor qualidade. Após o show, fomos ao camarim dá um abraço no casal e lá conhecemos também o forrozeiro cearense Caninana, que se apresentou após o show de Flávio Leandro. Figura simpática e bom contador de causos.
No camarote do prefeito Zé Martins encontrei muitos políticos e amigos, entre os quais Júnior Amorim, que, por pouco, não foi eleito vereador em Surubim. Amorim também é fã de Flávio Leandro e esteve comigo no primeiro show do cantor depois do anúncio da sua despedida dos palcos. Foi em Caruaru, em novembro do ano passado.
Flávio Leandro está dando adeus aos palcos por uma decisão própria, nunca aceita ou assimilada pela legião de fãs. Auditor fiscal da Fazenda, Flávio começou a cantar cedo. Saiu da sua Bodocó e ganhou o mundo, conquistando uma grande e fiel plateia não apenas pelo canto belo, mas pela poesia fluente em suas canções. Ele está cumprindo uma maratona de shows neste período e vai se despedir na Missa do Vaqueiro, em Serrita, no próximo mês.