Estado de Minas/Diário de Pernambuco
Newton Ishii, que ficou conhecido como “japonês da federal” ao escoltar presos e investigados da Operação Lava Jato, foi preso esta manhã em Curitiba. O agente, investigado pela Operação Sucuri, foi condenado a quatro anos e dois meses, por estar envolvido no grupo de agentes que facilitavam a entrada de contrabando no país.
Esta é a primeira vez em que os processos relativos à Operação Sucuri, deflagrada em 2003, resultam em prisão de qualquer um dos acusados. O caso seguia em segredo de justiça. Em 2009, entretanto, a Justiça Federal em Foz do Iguaçu informou que os agentes federais haviam recebido penas que variavam entre oito anos, um mês e 20 dias de reclusão a quatro anos e oito meses, além de multas.
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Ishii também foi citado na mesma gravação que levou à prisão o senador Delcídio do Amaral, que revelava uma negociação de fuga para Nestor Cerveró, preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Na conversa, Delcídio chega a citar o policial como “japonês bonzinho”, sendo tratado como o responsável pela carceragem da PF em Curitiba, para onde são levados os presos da Lava Jato.
Celebridade
Com a Operação Lava-Jato, Newton Hidenori Ishii ganhou não só apelido de ‘japonês da Federal’ – que lhe rendeu muitos memes nas redes sociais. No dia 17 de fevereiro passado, Ishii ” foi passear” na Câmara dos Deputados. De férias e à paisana, Ishii circulou pelo plenário e foi tietado por parlamentares, assessores e seguranças.
Antes de visitar a Câmara, o ‘japonês da Federal’ participou da posse da diretoria da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e aceitou o convite do deputado Aluísio Mendes (PTN), ex-agente da PF, para visitar o Congresso.
Carnaval
No carnaval deste ano, o ‘japonês da PF’ virou máscara. Em 2015, ele havia sido homenageado com uma marchinha e um boneco de Olinda. A máscara do rosto de Ishii foi confeccionada em dois modelos, com e sem óculos.