A janela partidária, que vai permitir a parlamentares trocar de partido em março, deve alterar de forma significativa a composição das bancadas na Câmara dos Deputados. A avaliação de líderes é que cerca de 50 deputados vão trocar de sigla, 10% da Casa Legislativa. O PMDB admite que deve perder oito nomes, mas está na expectativa de ganhar até dez. DEM, PP, PSD e PR têm prometido recursos dos fundos eleitoral e partidário como atrativo, além de tempo de TV na eleição de 2018, algo precioso com a redução da campanha de 90 para 45 dias.
Carta na manga. Os partidos que não vão lançar nome próprio ao Planalto levam vantagem na disputa por deputados porque poderão concentrar os recursos do Fundo Eleitoral na reeleição dos parlamentares. Com mais verba, fica mais fácil atrair novas adesões.
Leva tudo. Uma eventual candidatura do ministro Henrique Meirelles ao Planalto prejudica o plano de crescimento do PSD. A sigla teria de usar boa parte dos recursos do fundo com a campanha dele.
Bolo. O plano do PSD é aumentar a bancada na Câmara. Motivo: 95% dos recursos do Fundo Partidário são distribuídos conforme a proporção dos votos obtidos na última eleição para a Casa Legislativa. (Fonte: Estadão)