Em 14 de março, a taxa foi de 50,89%. Sete dias antes, no dia 7 de março, foi de 50,43%. O índice de domingo foi maior que o do dia 28 de fevereiro, quando foi contabilizado um isolamento de 46,88%.
No dia do anúncio da quarentena, na segunda-feira (15), o secretário estadual de Saúde, André Longo, informou que a meta da quarentena é de isolamento social de pelo menos 60% da população. Os números, portanto, ainda estão pelo menos 10 pontos percentuais longe do objetivo do governo.
“Precisamos urgentemente diminuir a curva de aceleração epidêmica e isso só será possível com um alto grau de isolamento social nos próximos dias, com uma mudança de comportamento de todos os pernambucanos e pernambucanos”, disse, no dia, André Longo.
No sábado (20), o primeiro sábado da quarentena, o índice foi de 44,39%, ligeiramente maior do que o dos sábados anteriores. Em 13 de março, foi registrado isolamento de 43,11% e em 6 de março, 43,27%.
No domingo (21), apenas a cidade de Mirandiba, no Sertão, ficou na meta, com exatos 60%. Na sequência, Sertânia (54,5%), Triunfo (54,3%), Sairé (54,1%) e Tuparetama (54,1%). À exceção de Sairé, localizada no Agreste, as demais cidades ficam no Sertão.
A cidade da Região Metropolitana do Recife com maior isolamento no domingo foi Olinda, com 53,0%. Paulista e a capital ficaram com 51,7%. Camaragibe e São Lourenço registraram 50,9% e 50,2% respectivamente. E Jaboatão dos Guararapes teve 49,5% de isolamento.
Petrolina, no Sertão, registrou 49,9%. Caruaru, no Agreste, 46,7%. Não houve registro de dados em 32 municípios.
Os menores índices de isolamento foram de Fernando de Noronha – que não segue a quarentena rígida dos demais municípios – com 16,0%. Entre as cidades com as medidas mais restritivas, Quipapá, na Mata Sul, com 20% e Inajá, no Agreste, com 23,8%, tiveram as menores taxas de isolamento.
A menor taxa da série histórica foi registrado em 26 de fevereiro, com 31,1%. O maior índice registrado em Pernambuco nesses doze meses da pandemia ocorreu em 22 de março, na primeira semana após a confirmação dos primeiros casos de coronavírus no Estado. Naquele dia, 62,2% dos pernambucanos não saíram de casa segundo o Inloco.
Os dados são disponibilizados pelo Instituto Inloco e obtidos a partir do sistema de georreferenciamento dos celulares. Os números dos municípios pernambucanos são tabulados pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
“Chegamos a patamares superiores a 50% em alguns momentos no ano passado. Esse percentual não diz tudo, porque se as pessoas saírem de casa e tiverem um comportamento adequado, muito provavelmente estará contribuindo para ser agente de proteção também”, completou André Longo, no dia do anúncio da quarentena.