Os irmãos Joesley e Wesley Batista, executivos das empresas do grupo J&F, que controla a JBS, integrarão a viagem do presidente Lula Inácio Lula da Silva à China. A informação foi divulgada no último sábado pelo portal G1.
Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, além de Joesley e Wesley Batista e de outros 86 empresários já listados na comitiva, cerca de mais 10 enviaram confirmação nos últimos dias e também integrarão o grupo na viagem presidencial. O ministério divulgou 102 nomes de diferentes setores do agronegócio.
“Então [vão] perto de 100 empresários das mais diversas áreas ligadas ao agronegócio. Pequenos, médios e grandes. E vários setores. Não só que buscam melhorar suas relações comerciais para exportar para a China, mas também para importar insumos e tecnologia para a agropecuária brasileira”, disse o ministro.
Na viagem à China, o governo brasileiro não vai custear os gastos dos empresários, que terão que bancar suas despesas. O grupo levado por Fávaro tem previsão de ficar na China de 20 a 30 de março.
Joesley e Wesley são filhos de José Batista Sobrinho, fundador da JBS, que é uma multinacional brasileira que atua na área de alimentos. Os irmãos são os acionistas controladores da companhia por meio da J&F Investimentos, uma empresa que dividem meio e meio.
Em 2017, Joesley ficou conhecido nacionalmente por ter gravado o então presidente Michel Temer supostamente dando aval para a compra do silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato.
A viagem de Lula está prevista para acontecer entre 26 e 31 de março. Em Pequim, capital chinesa, estão previstas reuniões com o Presidente Xi, com o Primeiro-Ministro da China, Li Qiang, e com o Presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.
Além de empresários, a comitiva presidencial será composta de parlamentares, governadores, ministros de Estado. Ao longo da visita, segundo o Palácio do Itamaraty, haverá eventos empresariais, seminários e a assinatura de atos governamentais.
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2022, segundo dados oficiais, a corrente de comércio (exportações e importações juntas) atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões.