Investigado de ter recebido propina desviada da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), da Petrobras, no Porto de Suape, em Pernambuco, o deputado federal Eduardo da Fonte, líder do PP, teria desistido de ser relator de uma Medida Provisória do ajuste fiscal, por medo do desgaste que isso pudesse causar. As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Eduardo da Fonte havia sido escolhido para relatar a Medida Provisória (MP) 664, que altera as concessões do auxílio-doença e da pensão por morte. A comissão para discutir a MP será presidida pelo líder do governo no Congresso Nacional, o senador José Pimentel (PT-CE).
O deputado pernambucano é acusado de receber propina da Queiroz Galvão, que tinha um contrato de R$ 2,7 bilhões para instalação de tubovias na Refinaria Abreu e Lima.
A propina para Eduardo da Fonte teria sido paga para evitar a instalação de uma CPI no Congresso. O dinheiro também teria sido recebido pelo senador Ciro Nogueira, presidente do PP.
Eduardo da Fonte também é acusado de intermediar a aproximação do esquema de propina com o então senador Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, que também teria cobrado dinheiro para inviabilizar uma CPI que ia investigar a Petrobras. (Jamildo)