A International Board (IFAB), órgão responsável pela gestão das regras do futebol, decidiu alterar mais uma vez as orientações sobre lances de mão na bola. Após sua 135ª assembleia geral anual, em vIdeoconferência, a entidade emitiu uma nota indicando que “a interpretação nem sempre tem sido consistente” em lances do tipo e reiterou que o resumo da regra é: será infração toda vez que a mão ou o braço expandir a área do corpo de forma não natural.
– Considera-se que um jogador tornou seu corpo anormalmente maior quando a posição de sua mão/braço não é uma consequência ou justificável pelo movimento corporal do jogador para aquela situação específica. Por ter sua mão/braço nessa posição, o jogador corre o risco de sua mão/braço ser atingido pela bola e ser penalizado – diz a IFAB.
A principal alteração fica por conta dos lances de ataque, nos quais qualquer toque na mão, mesmo sem intenção, geravam infrações. Agora, só serão anulados os toques que ocorrerem direto para o gol ou imediatamente antes das finalizações. O documento detalha as situações nas quais deve ser marcada a infração, quando:
O jogador tocar a bola deliberadamente com a mão/braço, por exemplo, movendo a mão/braço em direção à bola;
O jogador tocar a bola com a mão/braço quando isso torna seu corpo anormalmente maior;
Em lances de ataque, a bola ir diretamente da mão/braço para o gol, mesmo que acidentalmente, ou o jogador finalizar após a bola tocar sua mão/braço, mesmo que acidentalmente.
As alterações entrarão em vigor a partir do dia 1º de julho, mas cabe aos campeonatos flexibilizar o prazo para atender as diferentes realidades de calendário. A IFAB confirmou a manutenção do conceito de que a região imediatamente abaixo da axila é válida, sem configurar toque no braço, e que o mesmo pensamento deve ser usado para as situações de impedimento.
A reunião também abordou os testes das substituições extras em caso de concussão, permitidos desde o ano passado. O movimento continuará até agosto de 2022, com o uso da regra em competições oficiais, e, então, será decidido se a possibilidade estará efetivada entre as leis do jogo.
Houve conversa sobre a manutenção das cinco substituições por equipe a cada jogo – regra alterada temporariamente por conta da pandemia da Covid-19. E a conclusão foi de que o impacto do momento sanitário do planeta deve seguir sob observação. E os membros da IFAB receberam atualizações sobre inovações relacionadas ao VAR, que poderiam permitir o uso da tecnologia em ligas de menor orçamento.