Por Vicente Nunes / Correio Braziliense
O Banco Central está diante de um bom problema e não será nenhum desgaste para a instituição divulgar uma carta à nação explicando as razões se a inflação deste ano fechar abaixo de 3%, o piso da meta fixada em lei. Essa é a visão do economista Carlos Eduardo de Freitas, que, por duas vezes, foi diretor da instituição. “É melhor explicar que a inflação ficou abaixo do piso da meta do que ter de justificar o porquê de o custo de vida ter estourado o teto da meta”, afirma Freitas.
Na opinião dele, em vez de criticar o BC, o governo deveria aproveitar o momento de mudança estrutural na inflação e nas taxas de juros para reduzir para 3% a meta a ser perseguida pelo BC.
REDUÇÃO GRADUAL – Neste ano e no próximo, o centro da meta de inflação é de 4,5%. Em 2019, foi fixado em 4,25% e, em 2020, em 4%. “É preciso continuar nesse caminho de redução gradual. Uma meta de inflação de 3% é mais do que razoável”, ressalta o economista. Para ele, a meta inflacionária do país está ainda distante da registrada nos países emergentes, de 3%.
Continua…