A cerimônia de inauguração da pista leste da Via Mangue, realizada nesta quinta-feira (21) com a presença da presidente Dilma Rousseff, foi assinalada por discursos pacíficos, tanto em cima do palanque como nos bastidores. Apesar do clima de disputa de “torcida” na plateia, quando a militância convidada do PT e do PCdoB gritava por “Dilma” e a do PSB bradava por “Geraldo”, no palco, palavras conciliatórias quase não deixavam transparecer a tão falada briga pela paternidade do projeto.
Em seu discurso, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, fez questão de exaltar, mais de uma vez, a participação das gestões anteriores no projeto. “Uma obra desse tamanho não se faz pelas mãos de uma pessoa. Ninguém vai se arvorar e dizer que construiu isso sozinho, isso seria muita injustiça. Essa obra se deu pelas mãos de muita gente. Os prefeitos que me antecederam, pelo menos três deles, também tiveram papel importante: Roberto Magalhães, João Paulo e João da Costa”, disse.
Geraldo também aproveitou para agradecer o apoio da presidente Dilma Rousseff para a execução da obra. “Em nome do povo do Recife, a Prefeitura do Recife agradece ao Governo Federal a parceria e o empenho para que a Via Mangue se tornasse realidade”, acrescentou.
A presidente também ressaltou a parceria entre Governo Federal e Prefeitura do Recife e, além de mencionar os gestores envolvidos no projeto, aproveitou para exaltar o ex-presidente Lula. “Eu não poderia aqui deixar de mencionar um pernambucano que foi e que é, foi presidente do país e que é pernambucano de coração, alma, que é o presidente Lula”, afirmou.
Dilma aproveitou discurso para pedir um armistício à oposição. “Além de concreto armado, o que temos aqui na Via Mangue são ações em conjunto (Prefeitura e Governo Federal) e persecução de objetivos. Precisamos desta ação em comum e de mais entendimento, sem o perigo de perder a liberdade de se manifestar”, frisou, depois de afirmar que a democracia oferece essa flexibilidade.
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