Paulo Veras/Jornal do Commercio
Impeachment, crise na Câmara, disputa pelo poder no PMDB, novos desdobramentos da Lava Jato e eleições. O ano de 2016 já começa com a promessa de agitação no mundo político, que ainda será influenciado pelo desenrolar da crise econômica. Para parlamentares ouvidos pelo JC, o primeiro semestre deve ser dedicado a definição sobre a continuidade da presidente Dilma Rousseff (PT) no poder, com a análise do processo de impedimento pelo Congresso, e sobre a permanência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, em meio às denúncias de corrupção e as contas no exterior.
Apesar de Dilma ter terminado 2015 com algumas vitórias, principalmente com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não reconhecer o rito do impeachment defendido por Cunha, a oposição começa o novo ano na expectativa pela deposição da petista. “Vai ser um primeiro semestre conturbado no Congresso com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que precisa ter um desfecho”, sinaliza Mendonça Filho, líder do DEM.
A oposição não queria votar o impeachment no recesso por apostar na pressão dos movimentos de rua a partir de março. “O processo segue parado até que o STF julgue os embargos. Com isso, nós seguramente devemos ultrapassar o Carnaval. A partir daí, vamos aguardar a temperatura na sociedade para retomar a eleição da comissão do impeachment”, adianta Bruno Araújo (PSDB), líder da Minoria na Câmara.
Continua…