Principal liderança do PT no Estado, o senador Humberto Costa não esconde a frustração com o desempenho do partido nas eleições de 2020, tanto em Pernambuco, como no cenário nacional. O Recife, no entanto, para ele é exceção. Apesar da derrota nas urnas para o PSB, Humberto identifica “um resultado muito positivo” na Capital pernambucana. “Conseguimos chegar ao segundo turno, em grande parte por mérito de Marília Arraes, mas também mostramos que o PT como partido exerce uma influência política importante. Tem uma base social boa, significativa”, avalia.
O senador afirma que ainda não assimilou o caminho escolhido pelo PSB, de atacar o PT, buscando incentivar o antipetismo como estratégia eleitoral. “O PT foi aliado do PSB em 2006, 2010 e 2018, portanto não entendo. Foi algo muito inesperado, em 2016 também fomos ao segundo turno contra o PSB e não tivemos um tipo de campanha como esse”, critica, acrescentando que o a campanha dos socialistas “não condiz com a postura de um partido que ocupa o campo progressista”. “Foi uma campanha rasteira, de ódio, utilizou o antipestismo, com acusações de todo tipo, utilizando até o fundamentalismo religioso, algo parecido com o que ocorreu com Haddad em 2018”, pontua.
Humberto frisa que “a própria eleição coloca o PT como oposição a João Campos” na esfera municipal. Ele, porém, não crava o rompimento com o Governo do Estado, apesar de ressaltar que a relação entre as legendas está abalada.