Ainda sem definição se terá candidatura própria ao governo do estado, o PT conta agora com dois nomes dispostos para a corrida eleitoral: a deputada Marília Arraes e o senador Humberto Costa, que hoje também colocou seu nome à disposição da sigla para a corrida pelo governo em 2022. “Acredito que posso colocar também meu nome à disposição do partido, acho que é um nome competitivo”, cravou o senador. As falas foram dadas em entrevista ao Manhã na Clube, da Rádio Clube 720 AM, comandado pelo titular da coluna Diario Político, Rhaldney Santos.
Além de firmar seu nome como possibilidade de candidatura, o senador aconselhou Marília Arraes, que já tinha se colocado ao dispor para concorrer ao governo, a permanecer na Câmara Federal. “A expectativa do PT nacional é que ela esteja lá na Câmara Federal e que possa vir a ser candidata, para ajudar na contabilização de votos para a nossa chapa de deputado federal”, assinalou. O parlamentar frisou que o caminho do PT, especulado na entrevista, dependerá do entendimento do diretório nacional, e até o momento nenhum martelo foi batido, nem mesmo se haverá uma candidatura petista ao governo pernambucano. “Nós temos que ter um entendimento claro nacionalmente”, afirmou.
Em relação às alianças do PT para as próximas eleições, o senador pontuou que tudo dependerá do cenário nacional, que irá reverberar nas costuras pernambucanas. “Vamos escolher o caminho que seja o melhor para a candidatura do presidente Lula”, destacou. Sobre o namoro entre o PT e o PSB, Humberto ponderou sobre outras possibilidades nesse laço, além de uma cabeça socialista no palanque estadual. “A Frente Popular deveria buscar um nome que somasse e que tivesse mais possibilidade de conquistar a vitória nessa eleição. Isso tem que abrir um leque que não se esgota somente no PSB”, raciocinou. O senador também afirmou que a posição do PT no jogo eleitoral estaria “bastante confortável”. “O PT tem uma posição bastante confortável, pode ter um nome para disputar o governo do estado e pode participar dessa aliança (com o PSB)”, assinalou.
Humberto também discorreu sobre a oposição pernambucana, afirmando que não enxerga unidade entre as forças políticas e que não vê possibilidade de união entre elas em um cenário nacional que dê forças o suficiente para alavancar a candidatura estadual. “Eu acho que a oposição em pernambuco vai muito mal, digo a oposição à frente popular. Não vejo nenhum grande nome com capacidade de empolgar”, pontuou.
Quando questionado sobre a relação entre o PT e o PDT, o petista disse acreditar que uma união entre as duas siglas traria muitos benefícios ao país. “Infelizmente o candidato do PDT tem colocado Lula como alvo frequente de ataques, temos evitado responder ou entrar nessa polêmica, gostaríamos inclusive de construir um caminho que unisse os dois partidos”, disparou. “Temos pelo PDT realmente muito respeito, apesar dos repetidos ataques que o candidato Ciro Gomes nos tem feito”, concluiu o senador.