Correio Braziliense/ Yasmin Rajab / Denise Rothenburg – O governo deve anunciar nesta quarta-feira (16/10) se o horário de verão vai voltar. Após várias especulações e estudos sobre o assunto, o Ministério de Minas e Energia (MME) deve bater o martelo sobre o tema e decidir se o horário retorna após seis anos de interrupção.
Na última semana, o ministro da pasta, Alexandre Silveira, disse que o fim do horário de verão, em 2019, pode ter sido um dos causadores do quase colapso energético em 2021 no Brasil.”O que os números demonstram é que podem ter sido um dos motivos da beira do colapso energético em 2021, que custou muito caro para o brasileiro”, disse.
O horário consiste em adiantar o relógio em uma hora durante a primavera e o verão para economizar energia elétrica. Como são os meses com maior tempo de luz solar, ao adiantar o horário, a população aproveita o potencial de luminosidade durante o dia e gasta menos energia com luzes artificiais, por exemplo.
No Brasil, a ação foi adotada pela primeira vez em 1º de outubro de 1931, determinado pelo Decreto 20.466 de 1931. Na época, era a presidência da República que determinava o tempo e abrangência da medida no território nacional.
A prática durou até 2007 e, de 2008 a 2017, com o decreto n° 6.558/2008, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, funcionava no terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro. Em 2018, houve uma alteração para o início em novembro. E, em abril de 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro decretou o fim do horário de verão no país.