Duas entrevistas, ontem, no Frente a Frente, deram uma aquecida no frio termômetro da sucessão do prefeito Geraldo Júlio (PSB). Punido pelo PSB por ter votado a favor da reforma da Previdência e seduzido por outros partidos para disputar a Prefeitura do Recife, o deputado Felipe Carreras disse que vai brigar dentro do PSB com João Campos para ser o escolhido, negando a versão, que até as paredes da Prefeitura sabem, que o herdeiro de Eduardo Campos será o ungido.
Já o deputado Danilo Cabral, um dos cardeais do PSB, saiu em defesa do partido ao contestar o deputado Raul Henry, pré-candidato também, de que o MDB seja sublegenda do PSB. “Henry foi muito infeliz”, atacou. A entrevista do presidente estadual do MDB, na qual disse que o partido não ia passar a vida inteira caudatário do PSB, foi interpretada pela bancada federal como sinalização do distanciamento do Governo para consolidar seu projeto majoritário em 2020.
Tolerância zero – Na bancada federal, aliás, ninguém tem mais dúvidas de que Raul Henry amadurece o projeto 2020 no Recife estimulado, principalmente, pelo senador Fernando Bezerra Coelho, líder do Governo no Senado. Nunca andaram tão afinados e dispostos a minguar o PSB, atraindo prefeitos para o MDB. Há versões de que Henry está, verdadeiramente, saturado de PSB. (Magno Martins)