Estado de Minas
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou que os jornalistas podem voltar a cobrir com “tranquilidade” a saída do presidente Jair Bolsonaro do Palácio da Alvorada, mas devem “fingir que não ouviram” quando forem ofendidos por manifestantes.
“Vim aqui para pacificar esta relação, para vocês terem tranquilidade de trabalhar, vocês têm que trabalhar e os manifestantes têm o direito de ficar ali. Agora, se alguém gritar, vocês têm que fingir que não ouviram”, disse, em conversa rápida com um grupo de jornalistas.
Durante a semana, alguns veículos de comunicação decidiram suspender temporariamente a cobertura jornalística na porta do Palácio da Alvorada devido à hostilidade enfrentada pelos repórteres por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e da omissão da segurança diante dos ataques.
O Grupo Globo, o jornal Folha de S. Paulo e o portal de notícias Metrópoles anunciaram na segunda-feira (25/05) que não vão mais enviar jornalistas ao local até que eles possam trabalhar em segurança.
Presidente chama ataques de “vitimismo”
O presidente chegou a ironizar a saída dos veículos da cobertura do Alvorada. Na noite de segunda-feira, Bolsonaro fez piada com a ausência de alguns jornalistas: “Ué, mas já acabaram as perguntas? Cadê a Folha de São Paulo? Cadê O Globo? Estadão não tá aí não, gente? Acabou, já?”.
Ele classificou a decisão de alguns veículos de suspender temporariamente a cobertura diária no palácio por falta de segurança como “vitimismo”.