Um arco-íris ao redor do sol, fenômeno natural conhecido como halo solar, ficou visível no céu do Recife e Região Metropolitana no fim da manhã desta quinta-feira (13).
O fenômeno ocorre porque a luz do sol é refletida e refratada por pequenos cristais de gelo suspensos na troposfera, camada da atmosfera localizada a cerca de 17 quilômetros de altitude, o que causa a dispersão na luz. O formato circular do halo está ligado à estrutura hexagonal desses cristais.
Cleiton Batista, da coordenação do Observatório Astronômico da Sé, explica que a percepção do fenômeno depende de onde a pessoa está.
“Cada pessoa que está fazendo o registro tem uma visualização bastante pessoal. Se eu fotografo aqui da minha casa, não vou ter a mesma percepção de outra pessoa que está observando”, detalha o especialista. Isso quer dizer que, para algumas pessoas, a parte interna do halo pode ser mais escura do que para outras, por exemplo.
Segundo Cleiton, a formação do halo, também conhecido com halo de 22 graus, que é o raio do círculo ao redor do sol ou da lua, é favorecida pela presença de nuvens do tipo cirrus na troposfera.
“Costuma ser rápido e depende da conformidade das nuvens. Vai sumindo, vai desaparecendo. Ano passado, a gente teve algumas visualizações e pode ocorrer também com a visualização da lua”, acrescenta. Quando ocorre com a lua, o fenômeno é chamado de halo lunar.
Em algumas culturas, acrescenta Cleiton, o halo solar antecende chuvas.
Visualização
Sobre a visualização do fenômeno, Cleiton Batista destaca que não é recomendado olhar diretamente para o sol. “No caso do halo solar, se forma um grande círculo e você pode visualizar o arco que se forma sem problema”, disse.
O especialista acrescenta que não é recomendada a visão a olho nu ou usando filmes radiográficos usados ou negativos de foto, objetos não eficazes para proteger a retina do olho.
“Se você olha direto para o sol, você pode ter danos sérios à retina, causar cegueira permanente. No Observatório, a gente faz observação do sol usando telescópio. Na abertura, a gente coloca um filtro específico que barra boa parte dos raios ultravioleta que são danosos ao olho e dá uma boa segurança para quem está observando”, acrescenta Cleiton.
Nas redes O fenômeno no céu, claro, logo chamou a atenção dos internautas, que publicaram alguns registros nas redes sociais.