O deputado reeleito e presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), não descartou que pretende comandar o Legislativo estadual durante a gestão do governador eleito Paulo Câmara (PSB). No comando da Assembleia há quatro biênios, ou seja, oito anos, Uchoa ficou conhecido como um dos “homens de confiança” do ex-governador Eduardo Campos, também do PSB, morto no mês de agosto.
Na manhã desta terça-feira (21), em entrevista ao programa Em Foco, da Rádio Globo Recife 720 AM, o deputado disse, no entanto, que não é o momento de se falar em eleição, apesar de que, nos bastidores, seu nome já seja lembrado por parte da bancada governista. Além de Uchoa, podem concorrer ao posto os deputado Waldemar Borges e Raquel Lyra, ambos do PSB.
“Eu aprendi muito com Eduardo. Apesar de 18 anos mais velho do que ele, mas ele tinha uma experiência muito maior do que a minha, que se fosse calcular não poderia ser dimensionada no tempo. Eduardo sempre me dizia que eleição se trata uma de cada vez. O político que for tratar duas eleições no mesmo momento, ele perde as duas se ele quiser ser candidato”, declarou o deputado.
Guilherme Uchoa destacou ainda que é preciso esperar o resultado do segundo turno, que tratou como uma “segunda eleição”. Para ele, no entanto, é preciso que o Poder Executivo e o Poder Legislativo tenham uma “boa relação”. O mote pode ser utilizado para sua campanha de reeleição. Nos bastidores, circula a informação de que, mesmo sem o apoio do governo, o deputado deve concorrer a um novo mandato.
“A Assembleia Legislativa, apesar de ser um poder independente como é o Judiciário e Executivo, esse daí tem uma ligação muito grande diretamente com Executivo pra poder melhorar a situação de cada um. Não adianta a Assembleia ter a maioria de oposição, porque quem vai pagar esse preço é o povo”, defendeu.
O deputado lembrou que Eduardo Campos governou com ampla maioria da casa. Dos 49 parlamentares, 42 estavam ao lado do líder socialista. Uchoa creditou a essa maioria o sucesso da gestão socialista. “Por essa razão que ele construiu os hospitais, asUPAs, o Hospital Regional de Caruaru, isso facilitava. A preocupação dele era fazer as coisas, ele não tinha preocupação se ia ter maioria, se ia aprovar o projeto, se os recursos iam chegar, como ele dizia”. (Diário de Pernambuco)
