A reviravolta no controle governamental leva a crer, segundo especialistas, que a fase mais sangrenta da guerra pode estar acabando. O fim não está perto, nem a paz deve ser atingida rapidamente, mas é possível que os grandes combates diretos diminuam.
“O ápice da guerra já passou. O último ano, e especialmente o desenrolar da batalha de Aleppo, estabeleceram as condições para uma via de saída negociada. Mas a guerra deve seguir por algum tempo, ainda que já não possa mudar muito o resultado final”, afirma Salem Nasser, professor de Direito Global da FGV Direito SP.
Para Fernando Brancoli, professor de política internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a mudança deverá ser visível no mapa da Síria. “A guerra da Síria está deixando de ser essa guerra civil clássica, em que o espaço nacional está dividido por diversos grupos, e vai se transformar em um país em que o governo detém a maior parte do território, mas os grupos rebeldes continuam atacando”, afirma.
“O mapa de áreas controladas provavelmente vai mudar. Ele vai virar um mapa em que supostamente quem controla é o governo. Mas esses grupos vão continuar pulverizados, misturados à população e gerando problemas para a Síria”, acrescenta. (Fonte: G1)