A escolha da deputada estadual Alessandra Vieira para presidir o diretório estadual do PSDB deixou muito tucano de queixo caído. Novata no ramo complexo da política, a parlamentar é neófita no trato das questões gerenciais do partido. Até então, aliás, seu currículo se resumia em ser mulher do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira.
Gente de mais peso na legenda, como a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e seu pai, o ex-governador João Lyra Neto, tomaram conhecimento da mudança pela mídia. João ficou extremamente frustrado. Na condição de vice-presidente da executiva estadual, ele esperava ser conduzido à presidência.
Seu nome deve ter sofrido vetos, o que não é novidade num partido em nível nacional agora conduzido pelo ex-deputado Bruno Araújo, que não gostou em ver o grupo Lyra apoiar Daniel Coelho, sem nenhuma identificação com Caruaru, para Câmara Federal. João sofre da síndrome do vice. (Magno Martins)