O presidente em exercício Michel Temer revelou o que todos em torno dele intuíam: seu governo, tal como hoje está montado, se manterá, no máximo, pelos próximos 90 dias. Se dependesse só dele, até que duraria menos.
Não, Temer não cogita da volta de Dilma e do encerramento em definitivo do seu período na presidência da República. Ele, apenas, não imagina em governar até o fim do ano, muito menos até 31 de dezembro de 2018, com os ministros que estão aí.
Em encontro com a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade, Temer admitiu reformular o atual desenho do seu ministério tão logo acabe o processo de impeachment de Dilma, possivelmente em agosto. Poderá fundir ministérios, recriar algum e trocar ministros.
No escurinho do seu gabinete, aparentemente a salvo de escutas inconvenientes, ele reconhece que boa parte dos seus auxiliares deixa de fato a desejar. Salvo a equipe econômica, e alguns poucos nomes que o cercam, os demais são passíveis de substituição.
Continua…