Um recorte do levantamento realizado pelo professor Maurício Romão, Ph.D em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostrou que o desempenho das urnas da deputada estadual eleita, Gleide Ângelo (PSB), quase conquista a melhor performance eleitoral entre os parlamentares estaduais do Brasil proporcionalmente.
Para considerar o critério da proporcionalidade, Maurício Romão levou em consideração o percentual de cada votação individual em relação ao total de votos válidos do pleito. “É o método apropriado de comparar votações, seja ao longo do tempo, seja entre estados numa mesma eleição. Ao longo do tempo porque de uma eleição para outra as variáveis demográficas (tamanho da população, faixa etária, etc.) e eleitorais (eleitorado, abstenção, votos nulos, etc.) se modificam. De um estado para outro numa mesma eleição porque suas populações e eleitorados são diferentes”, diz seu estudo.
Portanto, a delegada Gleide Ângelo, que obteve 412.636 votos, o equivalente a 9,15% dos votos válidos, tornou-se a mais bem votada da história no Estado. Quando comparada a perfomance da pernambucana à deputada estadual eleita por São Paulo, Janaína Paschoal (PSL), que teve 2.060.786 votos, obteve 9,88% dos votos válidos da eleição paulista, sendo considerada a mais bem votada do Brasil em todos os tempos, nominal e proporcionalmente.
Para desbancar Janaína, Gleide Ângelo necessitaria atingir marca dos 446 mil votos, ou seja, ela teria 33.364 votos a mais.
Porém, vale continuar destacando o surpreendente desempenho de Gleide Ângelo em Pernambuco, que desbancou o deputado Cleiton Collins (PP), em 2014, com os 216.874 votos, ou 4,71% dos votos válidos (desbancando João Coelho que, em 1986, tivera 77.924 votos, na época, 4,31% dos votos válidos).
(Jairo Lima/Folha de Pernambuco)