Do Poder360 – Dezenove legendas (incluindo federações) elegeram deputados em 2022, mas só 13 cumpriram a cláusula de desempenho. As federações, fusões e incorporações em negociação podem reduzir o total da Câmara para 14 siglas. Isso mudaria o ranking dos maiores partidos.
Há 4 negociações para incorporações e federações em curso. O Solidariedade incorporará o Pros. Na segunda-feira (26), o PTB votará união com o Patriota. PP e União Brasil negociam federação. MDB, PSDB, Podemos e Cidadania, também –o grupo tem sido chamado de “centrinho”.
No Senado, a redução seria de 4 siglas. Restariam 11 partidos dos 15 representados e haveria mudança no ranking. A maior bancada seria do “centrinho”, com 21 senadores. Pode ser decisiva na reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para presidente. Bolsonaristas defendem o nome de Tereza Cristina (PP-MS) para presidir a Casa Alta.
O 2º turno é decisivo para a evolução das negociações. Com Lula eleito, há mais chances de o desenho atual evoluir. O principal motivo é o incentivo para que os partidos do “centrinho” busquem mais musculatura e espaço de atuação. Ao mesmo tempo, União Brasil e PP somados, com a maior bancada da Câmara, teriam mais chances de reeleger Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Casa.
Se Bolsonaro for reeleito, a situação muda. Há quem defenda no PSDB que o partido se junte a PP e União Brasil. Da mesma forma, o 2º turno nos Estados também ajudará a definir as alianças. Se o PSDB vencer no Rio Grande do Sul e Pernambuco, onde lidera, terá mais peso no “centrinho”. Seria o partido que mais governará eleitores dos 4 partidos em negociação.