O ministro do Desenvolvimento Econômico e maior liderança do PTB em Pernambuco, Armando Monteiro Neto, não tem meias-palavras em relação a uma possível fusão do seu partido com o DEM: “ O processo ainda está em discussão, há muitas diferenças regionais a serem superadas e desde já deixo claro que jamais me afastarei do meu alinhamento com o governo Dilma, nem vou mudar a minha condição de opositor ao governo Paulo Câmara”.
Essa é uma das dificuldades que podem travar o processo de fusão do PTB com o DEM, cujo próximo passo será uma reunião, em Brasília, no dia 7 de abril, entre a presidente nacional de PTB, Cristiane Brasil, e a bancada federal do partido, que é majoritariamente governista.
Ao contrário do ministro petebista, Mendonça Filho, presidente estadual do Democratas e líder do partido na Câmara dos Deputados, vê com bons olhos e torce para que a fusão aconteça, até porque o DEM é um partido em extinção. Além disso, Cristiane, que é filha do ex-deputado federal e ex-presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, já assegurou ao deputado democratas que ele terá seus espaços político-eleitorais preservados em Pernambuco.
Para Armando, que teve uma conversa inicial com Cristiane, a fusão é um processo difícil de harmonizar no estado – ele e Mendonça têm posições politicas absolutamente divergentes em relação aos governos Dilma e Paulo Câmara. Vale ressaltar que o que acontece em Pernambuco se repete em outros estados e isso tem que ser levado em consideração, observa Armando, acentuando que o PTB é uma legenda expressiva em Pernambuco, com quatro deputados federais e seis estaduais, além de um número significativo de prefeitos, contra um federal e um estadual do DEM.
Resumindo: se depender de Armando, essa fusão não sai. Ontem o ministro, que reduziu bastante sua agenda política em Pernambuco, reuniu-se, na Fiepe, com representantes de empresas exportadoras do estado, para colher contribuições ao Plano Nacional de Exportação, que será lançado pelo governo federal nas próximas semanas. (Diário de Pernambuco)