Na prática, o teto de doações evitará que candidatos ricos banquem a própria campanha sem depender do dinheiro enviado pelos partidos
Por: Agência Estado
A proposta acertada entre presidentes de sete partidos que cria um fundo eleitoral específico para bancar campanhas terá um limitador para o chamado autofinanciamento. De acordo com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), cada candidato poderá doar a si próprio até 30% do limite de arrecadação.
Na prática, o teto de doações evitará que candidatos ricos banquem a própria campanha sem depender do dinheiro enviado pelos partidos. Atualmente este limite não existe, o que permitiu que muitos empresários conseguissem se eleger em 2016 com recursos próprios.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), por exemplo, doou a si mesmo R$ 4,4 milhões, o que representou 35% dos R$ 12,4 milhões arrecadados pela sua campanha. Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) foi responsável por 62,7% dos R$ 3,5 milhões usados para se eleger. O exemplo mais emblemático, porém, é o de Betim, cidade nos arredores da capital mineira, em que o candidato vitorioso, Vittorio Medioli (PHS), bancou 99,9% dos R$ 4,5 milhões arrecadados na sua campanha com recursos próprios.
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