O Forró foi finalmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A oficialização do título veio por meio de decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta quinta-feira (9), que votou por unanimidade pelo reconhecimento.
Durante a reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan, a expressão musical foi considerada como supergênero. De acordo com o instituto, o forró leva essa classificação por agrupar ritmos e manifestações culturais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.
Para aprovar o reconhecimento, o Iphan iniciou uma pesquisa em 2019, nos nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, para entender e identificar como se expressa o forró. Em seguida, houve também estudos nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com a identificação de festivais sobre a expressão musical.
O pedido de consideração de registro das matrizes tradicionais do forró foi encaminhado ao Iphan pela Associação Cultural Balaio Nordeste, de João Pessoa, na Paraíba. Após a solicitação, o processo foi aberto em 2011.
Segunda a relatora do processo no conselho do Iphan, Maria Cecília Londres Fonseca, a pesquisa aponta que a primeira menção à palavra forró foi localizada em um jornal amazonense de 1914, referindo-se a seringueiros cearenses “possivelmente em suas atividades festivas”. O levantamento também identificou que o mais provável é que a palavra forró venha do termo forrobodó, que já era utilizado em dicionários desde o fim do século XIX, atendendo a práticas pejorativas.