A morte do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa (PDT), nas vésperas do início da corrida eleitoral, irá interferir diretamente na correlação de forças do estado. Isso porque, após 12 anos sob o comando o deputado, a Casa de Joaquim Nabuco terá de escolher um novo regente que, neste caso, terá forte influência na dinâmica política local, mesmo assumindo um mandato tampão. Assim, mesmo ainda de luto, parlamentares foram obrigados a pensar nos critérios que devem ser adotados para a sucessão e quais os nomes de consenso que podem assumir a missão.
De acordo com o regimento interno da Alepe, os deputados devem eleger um novo presidente dentro de cinco sessões. Porém, os trabalhos só devem ser retomados em agosto, na volta do recesso. Daqui para lá, o deputado Cleiton Collins (PP) assume o posto interinamente e os parlamentares terão que decidir se o cargo deve ser ocupado com base na cláusula de proporcionalidade, que contempla o partido que tiver mais deputados eleitos.
Este critério não serviu para condução de Uchoa por seis mandatos como presidente da Casa. Sua força e influência política foram suficientes para ter o reconhecimento do governador Paulo Câmara (PSB). Mas caso a tese prevaleça, há quem diga que o poder do PP, liderado em Pernambuco pelo deputado federal Eduardo da Fonte, pode aumentar, já que possui a maior bancada na Alepe, com 14 dos 49 integrantes. A sigla aumentou de tamanho com a filiação de vários quadros, no período da janela partidária, neste ano.
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