Um filho de Osama bin Laden pediu aos Estados Unidos o atestado de óbito do seu pai, depois da morte do líder da Al-Qaeda, em 2011, no Paquistão, por uma tropa de elite da Marinha americana, segundo um documento difundido pelo site WikiLeaks.
Uma carta da embaixada dos Estados Unidos em Riad a esse respeito está entre os 70.000 documentos denominados “despachos sauditas” que o Wikileaks publicou nesta quinta-feira em seu site na internet.
O Wikileaks informa que os documentos fazem parte de mais de meio milhão de despachos e documentos do ministério saudita das Relações Exteriores e outras instituições do reino, que espera publicar nas próximas semanas.
A carta está assinada por Glen Keiser, cônsul-geral dos Estados Unidos em Riad, e dirigida a Abdallah bin Laden em 9 de setembro de 2011, quatro meses depois do ataque americano que matou seu pai.
“Recebi seu pedido de uma certidão de óbito do seu pai, Osama bin Laden”, escreveu Keiser.
Ele afirmou, ainda, que os especialistas legais do departamento de Estado lhe disseram que este documento não tinha sido emitido. “Trata-se de uma prática comum para indivíduos mortos em operações militares”.
Keiser entregou a Abdallah, no lugar de uma certidão de óbito, documentos da justiça americana nos quais autoridades confirmam a morte do seu pai, o que provocou o abandono dos processos contra ele.
“Espero que estes documentos do governo americano serão úteis ao senhor, assim como à sua família”, acrescentou o cônsul.
Filho de uma rica família saudita, Obsama bin Laden foi privado da nacionalidade saudita em 1994.
Ele foi o mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, nos quais cerca de 3.000 pessoas morreram, 2.753 delas na queda das torres-gêmeas do World Trade Center, em Nova York.
Bin Laden foi morto em 2 de maio de 2011, durante ação de forças especiais americanas na casa onde se escondia, em Abbottabad, no Paquistão.