Por Ricardo Antunes
A Fifa quer reunir líderes de federações nacionais de futebol e tentar convencê-los de aumentar a frequência do Mundial de quatro para dois anos. Segundo a entidade, se a Copa do Mundo for realizada a cada dois anos, o evento proporcionará uma renda extra de US$ 4,4 bilhões para a entidade, cerca de R$ 25,27 bilhões.
Os dados financeiros otimistas, que integram o estudo geral de viabilidade que a Fifa apresentou nesta segunda (20), contrastam com uma análise apresentada por críticos das propostas. A Uefa, entidade que governa o futebol europeu, por exemplo, ameaça boicotar o torneio, caso a proposta seja acatada.
No mês passado, um relatório encomendado pelo Fórum das Ligas Mundiais disse que a proposta da Fifa, alinhada a mudanças no Mundial de Clubes, poderia custar às grandes ligas domésticas e à Uefa cerca de US$ 8 bilhões por temporada em direitos de transmissão de televisão, bilheterias e acordos comerciais.
Certeza, por enquanto, há somente uma: Se aprovada, a polêmica proposta deve trazer lucros “padrão Fifa” para os diretores da federação.