Após ser criticado, novamente, pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, por votar favoravelmente ao texto-base da Reforma da Previdência, ontem, na Câmara dos Deputados, o deputado federal Felipe Carreras rebateu e o acusou de ser covarde. “Ele que é agressivo em falar assim com a história que tenho no partido. Não entendo quando ele fala que a minha vida está resolvida. Não tenho aposentadoria especial. Ele age com desequilíbrio e covardia”, rebateu o parlamentar, que tem no PSB o seu único partido de filiação desde o início da trajetória na vida pública. “Eu falei pessoalmente com ele sobre minha posição de voto e ele não me disse isso quando estive com ele, portanto, ele é covarde”, criticou Carreras em entrevista ao Diário de Pernambuco.
Em julho, o presidente nacional do PSB disse que Carreras havia cedido a apelos do poder econômico e disse que Felipe resolveu “mudar de lado”. “Ele traiu suas origens, o povo é quem vai julgar”, disse Siqueira anteriormente. Na ocasião, Carreras declarou que o dirigente foi “agressivo”. Hoje, a reportagem questionou novamente o dirigente socialista sobre a votação de Carreras. “O que eu tinha que dizer já foi dito. Não fui agressivo com ninguém nem tenho problemas pessoais. Agressivo é votar contra os pobres”, afirmou Carlos Siqueira.
Para o presidente do PSB, o projeto de lei é um massacre aos mais necessitados. “O compromisso principal deles (deputados) não foi pelo partido, mas sim deve ser com os eleitores”, disse. Carlos Siqueira ainda alfinetou o colega de partido Felipe Carreras: “A vida dele (Carreras) está resolvida. O que não está resolvida é a vida das pessoas mais pobres com esse projeto de previdência. É um massacre”, afirmou.
