“Não jogamos mal”, “ficamos entre os quatro melhores do mundo”, “tivemos momentos muito bons”, “não fizemos um jogo ruim”, “reagimos”, “não vejo como criticar a Seleção hoje”. As expressões são de Luiz Felipe Scolari, na entrevista coletiva depois da derrota do Brasil por 3 a 0 para a Holanda, na disputa do terceiro lugar da Copa do Mundo. Antes, o Brasil fora goleado pela Alemanha por 7 a 1 na semifinal.
A postura do técnico da seleção brasileira depois do quarto lugar na Copa do Mundo de 2014 foi praticamente a mesma de suas últimas entrevistas: admitindo que o Brasil poderia ter sido melhor, mas desviando-se das cobranças por conta das duas atuações desastrosas nos últimos jogos do Mundial.
– Disputei três Copas do Mundo e cheguei entre os quatro melhores em todas elas. Portanto eu não tenho uma situação que possa ficar lamentando minha vida toda, porque o futebol muda em um minuto de jogo. Já falamos repetidas vezes do resultado de sete. Mas eu vejo o lado positivo, de que desde 2002 (quando foi campeão) não chegávamos entre os quatro – respondeu Felipão.
Abraçado por Neymar, que apareceu de surpresa durante a última resposta do técnico na coletiva, Felipão defendeu o grupo de jogadores que montou.
– Essa geração não tem nada que ficar marcada. Ela ganhou a Copa das Confederações e perdeu uma Copa do Mundo. Vai ficar marcada pelo 7 a 1, mas também vai começar uma etapa para a Copa do Mundo de 2018 com um quarto lugar. O que tem de fazer agora é continuar trabalhando – acrescentou o técnico.
Felipão ainda não fala sobre o futuro. Prefere deixar que a CBF comunique se ele continua no comando técnico ou se seu trabalho acabou agora, com o quarto lugar.
– Quem tem que decidir isso é o presidente. Como nós tínhamos combinado, entregaríamos o cargo à direção depois do final da Copa do Mundo, porque era esse o combinado. Vamos entregar o relatório do nosso trabalho, e o presidente (José Maria Marin) tem a grande capacidade de avaliar – acrescentou Felipão.
Em sua última entrevista nesta Copa do Mundo, Luiz Felipe Scolari também falou sobre arbitragem, futuro da base da Seleção e, claro, mais do vexame histórico. (G1 esportes)