Por Houldine Nascimento – interino/Blog Magno Martins – A possibilidade de uma federação entre MDB, PSDB e União Brasil embaralha mais ainda a corrida eleitoral nos estados. Não é diferente em Pernambuco. A começar pelas pré-candidaturas dos prefeitos de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), e de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), ao Governo. Caso a negociação tenha um desfecho positivo, um dos dois teria de abdicar do sonho de chegar ao Palácio do Campo das Princesas.
O impasse envolve, sobretudo, a própria situação do MDB em Pernambuco. Lideranças da sigla no Estado têm visões antagônicas: o senador Jarbas Vasconcelos e o deputado federal Raul Henry, que preside o diretório estadual do partido, desejam seguir na Frente Popular, enquanto o senador Fernando Bezerra Coelho, por razões óbvias, quer puxar a sigla para a oposição.
Como se estivesse aguardando esse momento, FBC permaneceu estrategicamente no partido, mesmo depois de Raul Henry inviabilizar a candidatura de Miguel pelo MDB. As três legendas esperam definir a federação até março. Se a negociação for concretizada, empurra os emedebistas para o campo oposicionista em Pernambuco.
Também não é segredo que o MDB enfrenta dificuldades para a montagem da chapa proporcional, pondo em xeque a própria reeleição de Henry. Sozinho, é muito difícil que o deputado renove o mandato na Câmara.
Se a federação se restringir a União Brasil e MDB, melhor para Miguel Coelho, já que não abriria margem para a retirada de candidatura em prol de Raquel, além de aumentar sua estrutura de campanha, tempo de TV e Rádio. Ontem, FBC e Miguel estiveram em Brasília com o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, apoiando a federação.