O chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Nilton Mota, teve uma boa passagem pela Secretaria de Agricultura no primeiro mandato de Paulo Câmara, mesmo não sendo da área. Prestou, antes, relevantes serviços em campanhas eleitorais do PSB, tanto na eleição e reeleição do prefeito Geraldo Júlio no Recife quanto nas campanhas do governador, em 2014 e 2018.
Não se sabe, entretanto, as razões que levaram Mota a não disputar a reeleição de deputado estadual, preferindo, estranhamente, a burocracia da Casa Civil. Político experiente e articulado, sabe ele que o mandato é imprescindível para sobreviver e ser reverenciado na seara maquiavélica e diabólica do poder.
Por isso mesmo, nunca teve na Casa Civil autonomia plena que o cargo exige, principalmente na articulação política com o Legislativo, atrapalhado por interferências externas de gente mais próxima ao governador, influência e poder de decisão.
A saída de Nilton Mota, antecipada por esta coluna há mais de 30 dias, coloca em ascensão a figura do coringa do Governo, o agora ex-secretário da Administração, José Neto. Amigo de adolescência do governador e sobrinho do ex-governador Joaquim Francisco, Neto é do ramo da política, tem um excelente trânsito entre em todos os partidos, mas estava mal aproveitado. (Magno Martins)