Por Ricardo Brito
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um novo inquérito contra 12 políticos do PP, entre eles o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), e o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por suposto recebimento indevido de 4,34 milhões de reais em recursos do grupo empresarial Queiroz Galvão.
A decisão de Fachin de abrir essa nova frente de investigação ocorreu no mesmo despacho em que ele determinou a notificação de 12 políticos do partido para responderem, em 15 dias, à denúncia oferecida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot por organização criminosa, conforme despacho publicado nesta sexta-feira no Diário da Justiça Eletrônico.
A pedido de Janot, o ministro do STF determinou o fim do sigilo dos autos por não considerar que, após o oferecimento da denúncia, não haveria motivos para continuar a ocorrer a “restrição de publicidade” das investigações.
No caso do novo inquérito aberto, Janot pediu a investigação de dois repasses indevidos feitos pela Queiroz Galvão a políticos do PP. O primeiro deles, de 1,6 milhão de reais, a Ciro Nogueira, Aguinaldo Ribeiro, ao líder do partido na Câmara, Arthur Lira (AL), e ao deputado Dudu da Fonte (PE). O outro repasse na mira das apurações, de 2,74 milhões de reais, envolve Aguinaldo Ribeiro, Dudu da Fonte e outros oito políticos do PP, entre eles o ex-senador e atual vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, via repasses feitos por intermédio do Diretório da legenda no ano de 2010.
Continua…