Diário de Pernambuco – A União Europeia apelou hoje à Washington para reconsiderar ter travado o apoio financeiro à Kiev, considerando que para os europeus, há uma “ameaça existencial” enquanto a Rússia prosseguir com a invasão. “Isto tem que ver com a estabilidade e previsibilidade da guerra, porque este conflito tem consequências profundas para todo o mundo. Mas para nós, europeus, é uma ameaça existencial”, afirmou Josep Borrel, Alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
“Por isso é que é necessário continuar a nos apoiar e a discutir com os nossos parceiros norte-americanos para que eles o continuem a fazer também. Acredito que os Estados Unidos reconsiderarão a decisão e juntos vamos continuar do nosso lado”, declarou, dirigindo-se ao chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba.
Mas, Kuleba disse confiar no apoio dos EUA, mesmo após o Congresso dos Deputados ter aprovado no último sábado o orçamento temporário ao governo norte-americano sem previsão de ajuda ao seu país. “Não acabou. Acredito que tenha sido um incidente. Tivemos conversas profundas com as duas partes e vamos trabalhar para que não volte a acontecer, independentemente da circunstância”, indicou.
Após a lei do orçamento ter sido sancionada pouco antes do prazo limite de meia-noite de sábado, o presidente dos EUA, Joe Biden, criticou a resistência de republicanos a cumprir o que chamou de “compromisso com o povo da Ucrânia”.
Já a ala radical do Partido Republicano assegurou que irá pedir a destituição do presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, depois da negociação bipartidária para evitar a paralisação do governo.